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16 de Abril de 2024
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    Série Voto Impresso: TSE e Instituto de Pequisas Tecnologicas estudam modelo de urna com a impressão de voto

    há 7 anos

    Para atender a determinação da Reforma Eleitoral de 2015 (Lei nº 13.165/2015) de implementar urnas eletrônicas com módulo impressor de voto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já está desenvolvendo, em parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), um novo modelo de urna eletrônica, com a impressão do voto. Com esse projeto serão licitados novos equipamentos para as eleições de 2018.

    De acordo com Thiago Kanashiro, assessor-chefe de Gestão Estratégica da Diretoria Geral do TSE, ainda não se sabe quantas urnas serão adquiridas para o pleito de 2018, sendo que esse quantitativo será ainda estudado pelas equipes técnicas do TSE e decidido pela administração do Tribunal. “Quando o instituto apresentar a nova urna, em agosto de 2018, e for aprovado pelo TSE, aí teremos uma avaliação dos custos a serem aplicados nesta tecnologia”, disse Thiago Kanashiro.

    Custo

    A Justiça Eleitoral possui dotação orçamentária específica para a implantação do voto impresso para o pleito de 2018. Além da questão orçamentária relacionada ao desenvolvimento e aquisição de equipamentos que consigam imprimir o voto e ao aumento com custos de armazenamento e logística, a Justiça Eleitoral se preocupa com as alterações a serem feitas no procedimento de votação e o decorrente aumento no tempo de votação.

    A previsão inicial é de que a adoção desse modelo deve representar impacto financeiro de R$ 1,8 bilhão. O valor corresponde a implantação em todo o parque de urnas eletrônicas da Justiça Eleitoral (cerca de 500 mil urnas), afirma Thiago. No entanto, cabe ressaltar, que a Justiça Eleitoral introduzirá o voto impresso, em 2018, em um percentual das seções eleitorais, e não em todo o seu parque.

    A Justiça Eleitoral já estuda medidas para que não ocorram atrasos e falhas nas próximas eleições, como a possível diminuição do numero de eleitores por seção. Alguns técnicos estimam que a implementação do voto impresso por meio da urna eletrônica pode acarretar possíveis falhas, fraudes e atraso na apuração.

    “O TSE trabalha para que o índice de falhas no novo sistema seja o menor possível. Nada acima do que já temos observado nas últimas eleições, ou seja, cerca de 3%, o que é normal”, reforça Thiago Kanashiro.

    Eleições 2002

    A impressão do voto já havia sido testada no pleito de 2002, porém a experiência não foi t~eo proveitosa. A mudança, na época, foi instituída pela Lei 10.408/2002, segundo a qual o eleitor deveria fazer uma conferência visual do voto, sem ter contato com sua versão impressa.

    Se os dados fossem confirmados, o voto seria depositado em uma urna lacrada. Naquele ano, 7.128.233 eleitores de 150 municípios de todas as unidades da Federação, isto é, 6,18% do eleitorado brasileiro da época, tiveram seu voto impresso. No Distrito Federal e no estado de Sergipe, todas as seções eleitorais contaram com urnas com módulo de impressão externo.

    A impressão do voto será obrigatória, no entanto, a partir das eleições gerais de 2018, de acordo com a Reforma Eleitoral de 2015. Na escolha de presidente, governadores, senadores e deputados, a votação continuará a ser eletrônica, mas um boletim será impresso e arquivado em uma urna física lacrada.

    Registrada a escolha na urna eletrônica, uma impressora ao lado mostrará o nome e o número do candidato votado. Esse boletim poderá ser verificado pelo votante e o processo só será finalizado quando o eleitor confirmar a correspondência entre o voto eletrônico e o registro impresso. Caso os dados não batam, o mesário deverá ser avisado.

    O registro impresso será depositado em local previamente lacrado, de forma automática e sem contato manual do eleitor, para garantir o total sigilo do voto. Em caso de suspeita de fraude, a Justiça Eleitoral poderá auditar votos, comparando o que foi registrado na urna eletrônica e o que foi depositado na urna física.

    BB/RC

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    Urnas não auditáveis. Como aceitar isto? Quem defende diz: nunca houve comprovação de fraude. Exatamente por não ser possível comprovar a manipulação do software, é que não são confiáveis.
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